Vera Assunção
Nutricionista DVST/UFRJ/CRN 4 - RJ
É a hora de atender aquilo que o corpo pede com consciência de estar fazendo o correto, segundo a filosofia da Medicina Chinesa. Entender esta mensagem é o mesmo parâmetro que usamos para escolher a roupa certa para a temperatura que começa a apresentar-se. Os alimentos e suas preparações também devem estar de acordo e equilibradas. A finalidade é uma só manter em harmonia corpo, mente e a digestibilidade que cada estação do ano requer. O Qi (lê-se Tchi) é o DNA ancestral que todos nós herdamos, uma energia que fica guardada nos rins, ao longo de toda a nossa vida, faz parte do material genético que carregamos e transferimos de geração para geração. A escolha certa dos alimentos em cada fase do ano, no que se referem a cores, texturas, sabores irá refletir-se por todos os outros dias do ano, garantindo ao organismo esta reserva de energia, caso contrário um desequilíbrio é causa freqüente da profusão de doenças que acometem as pessoas nos dias de hoje.
A dietética chinesa é um conjunto de conhecimentos milenares que foram suprimidos durante bastante tempo, no período da Revolução Chinesa, e que agora começam a ressurgir pelas mãos de nutricionistas e médicos, que estão resgatando e aplicando esta técnica natural. Esta prática analisa a estação do ano, clima, idade, sexo, perfil energético de cada um e o fator emocional também pesa na hora de aplicar este modelo alimentar a cada um individualmente.
Entender a fórmula desta corrente alimentar não é difícil, basta estar atento a própria natureza e ela mostra o caminho a ser seguido de diferentes formas, mas com objetivo único, equilíbrio alimentar sempre!. Pela dietética chinesa, todos os alimentos são permitidos uma vez que possuam sua carga energética alimentando o Qi de cada um deles, outros princípios que também são comuns e observados na alimentação oriental, é não abusar nem excluir nenhum alimento, montar um prato variado, colorido, fresco e natural; mastigar bem os alimentos para aproveitar plenamente a comida e uma digestão perfeita; evitar grandes intervalos entre as grandes refeições (almoço e jantar), para não deixar o organismo sem energia.
Época do quente e do repouso;
Poupar o processo digestivo e não o contrário;
Fortalece a energia dos rins e da bexiga.
SINAL VERDE PARA:
- Consumir cenoura, beterraba, nabo, rabanete, inhame, batata doce;
- A cor é o preto do feijão, da alga marinha, ameixa e do gergelim;
- Saboreie o salgado dos peixes e dos frutos do mar, rã (hipertensos atenção!), aveia (que não deve ser utilizada fria nem crua);
- Acrescente ao prato, cereais como arroz, milho, trigo, centeio, aveia, cevada, painço; leguminosas do tipo feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha e soja; sementes como o girassol, gergelim, abóbora e papoula;
- Os temperos devem aquecer, inclua alho (um dente de alho por preparação), alfavaca, açafrão, alecrim, cominho, canela, cebola, cebolinha, coentro, cravo, gengibre, manjericão, noz-moscada e pimentas;
- Chás são muito bem vindos neste período do ano: maçã com canela, erva-doce, casca de tangerina, canela e cravo.
DICA IMPORTANTE:
Se o frio for ameno, misture chás ‘quentes’ com ervas mais refrescantes como hortelã, capim-limão ou erva cidreira.
SINAL VERMELHO PARA:
- Evite tudo que for gelado;
- Alimentos crus à noite;
- As frutas são melhores assadas, cozidas ou desidratadas.
ATENÇÃO PARA:
Alimentos de ‘ natureza fria’ tais como: amora, banana, cana-de-açúcar, caqui, manga, melancia, tomate devem ser excluídos se estiverem crus.