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sexta-feira, 24 de agosto de 2012





                       O QUE É LIGHT O QUE É DIET?

Por: Vera Assunção
Revisão final de textos:
Márcia Lacombe da Fonseca
Nutricionistas da DVST/UFRJ

Estes dois termos, não se definem apenas para quem pensa ou precisa fazer uma dieta, mas se estende para diabéticos, pré-diabéticos, pessoas com colesterol alto ou que já estejam nas faixas de obesidade.
As pessoas (todas elas) precisam conhecer bem as diferenças desses produtos, para escolher na hora da compra aquele que irá se adaptar melhor as suas necessidades. Se vocês pensavam que era tudo a mesma coisa........., vamos as suas diferenças!.

Primeiro passo – quando forem as compras, sempre, mas sempre mesmo! Leiam o rótulo do produto que vão adquirir.
Segundo passo – pesquisem marcas, e não se esqueçam de avaliar custo benefício das embalagens.
Então vejamos.

Produto LIGHT:
Apresenta redução calórica de 25% de um ou mais ingredientes, como AÇUCAR ou GORDURA. São indicados para pessoas que desejam controlar a ingestão de calorias, buscando com isso, emagrecer ou simplesmente, para se alimentar de uma forma mais leve e equilibrada.

Produtos DIET:
Ausência de um dos nutrientes (carboidrato ou gordura ou sal).
É importante frisar, que nem todos os alimentos DIET, significam perda rápida da quantidade de calorias, ou seja, o produto pode não ter açúcar, mas pode ter um índice mais elevado de gordura, então NEM todo produto DIET serve para dietas de emagrecimento.
Ex: Chocolate diet, que é indicado para os diabéticos (pois não podem fazer ingestão de açúcar!). Não tem açúcar, mas possui gordura, portanto é calórico e ENGORDA!

OLHO NO RÓTULO!
Existem hoje no mercado os produtos “zero açúcar” (não levam adição de nenhum tipo de açúcar na sua composição), e também podem ser consumidos por diabéticos.
No Brasil, existe uma legislação, que determina que todo o produto para diabéticos, deve conter na embalagem as informações corretas sobre o produto – NÃO TER adição de nenhum tipo de carboidrato simples = sacarose, glicose, frutose, lactose, açúcar mascavo, dextrose, açúcar invertido, melado e xarope de milho, ou seja, um produto específico para diabéticos!!!!.
O sabor doce para os produtos DIET vem de uma fonte chamada EDULCORANTES, que nome estranho é esse?



São substâncias que irão conferir proximidade com o açúcar, mas que não são carboidratos e que também tem suas taxas de consumo limitado por uma norma da OMS (Organização Mundial de Saúde), então não é para consumir a vontade, mas sim com orientação nutricional!!.

Os mais comercializados no Brasil nos últimos anos são:

Sacarose – alto teor calórico e pode conter quantidades significativas de gordura, a sacarose no plano alimentar do diabético pode ser substituída pelos carboidratos.

Frutose fornece 4 kcal/por kg de peso, mas pode ter uma resposta glicêmica MENOR caso seja comparada à sacarose. Sua ingestão acima do indicado relata casos de aumento dos níveis de colesterol LDL. A frutose em sua forma natural ocorre em frutas e vegetais, e por isso deve ser mantida na dieta dos diabéticos.

Sorbitol, manitol e xilitol – também apresentam menor resposta glicêmica e menor teor calórico que a sacarose.

Sacarina – 550 vezes mais doce que a sacarose, não é calórica e é o mais antigo e o mais consumido, possui um sabor residual (aquele que fica na boca ao final da degustação), amargo, é fonte de sódio e cálcio então.......... deve ser evitado pelos hipertensos, (viu? Por isso leia o rótulo).

Ciclamato – adoça 30 vezes mais que o açúcar, ou seja, tem um poder menor que outros adoçantes. Conhecido e utilizado há muitos anos. Existem pesquisas hoje, que direcionam o ciclamato para uma faixa de produto, que pode vir a causar alguns tipos de câncer com seu uso contínuo. Não possui sabor residual amargo, mas também é fonte de sódio e cálcio, em doses além das recomendadas, torná-se laxativo. Também deve ser evitado por hipertensos.

Aspartame - produto relativamente novo no mercado (composto por – ácido aspártico e fenilalanina). Como os demais é obtido de forma industrial, podendo alcançar as faixas de 160 até 200 vezes seu poder para adoçar, possui boa aceitação para os usuários, pois não deixa sabor residual acentuado, não é calórico. Não é indicado para quem é portador de fenilcetonúria (doença congênita – maior ou menor concentração de uma enzima chamada fenilalanina). Há alguns anos atrás, algumas indústrias que fazem uso do aspartame em seus produtos, foram chamada atenção pela OMS, pelo uso sem critério, das quantidades adicionadas aos produtos comercializados por elas, produtos esses, com larga veiculação por todos os tipos de mídia.


Stevia – O único produzido pela natureza (folhas da stévia rebaudiana Bertoni), um arbusto, que hoje já começa a ser cultivado em várias partes do mundo, principalmente no Brasil. O sabor residual deixado lembra o alcaçuz, adoça 300 vezes mais que o açúcar, e hoje em dia está se tornando uma nova opção (mais saudável) até para os diabéticos, que devem estar muito bem orientados para a sua utilização, no seu dia-a-dia.

                                               
                                  Bem agora é só fazer uma consulta ao profissional de saúde, receber as orientações corretas, e fazer a escolha do(s) produto(s) que melhor se adaptar ao seu tipo de dieta ou patologia; sem nunca esquecer de manter à regularidade das visitas ao consultório ou ambulatório onde você está sendo atendido.

Sendo assim, BOA DIETA e BOA SAÚDE!!!


Bibliografia:

Krause, Alimentos, nutrição e dietoterapia; editora ROCA 10ª. Edição.

Pesquisa de rótulos – Supermercados Extra, Unidade Botafogo.

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