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domingo, 9 de março de 2014






OBESIDADE E SEUS EFEITOS NO ORGANISMO HUMANO

Vera Lúcia de Assunção
Nutricionista – PR4/UFRJ

 
A balança denuncia o aumento de peso e com ele todo o organismo fica comprometido com as conseqüências negativas que trás para a saúde física e mental.

·  COLUNA VERTEBRAL: com o aumento de peso (massa corpórea) a coluna vertebral é umas das mais afetadas. Passa a apresentar dores persistentes devido à perda do tônus muscular, do desgaste das articulações e da calcificação das vértebras;

·  ARTICULAÇÕES: os membros inferiores são os primeiros a sentir o impacto deste sobrepeso. O excesso de peso causa osteoartrite nos joelhos, inchaço, sensação de rigidez, limitações funcionais, deformidades dos membros até a perda dos movimentos;

·  CORAÇÃO: com o aumento do peso, as placas de gordura começam a surgir no interior das artérias coronarianas, dificultando a circulação do sangue, provocando a aterosclerose. Os maiores riscos dos infartos do miocárdio estão associados à obesidade. A linha de ação é: peso aumentado – hipertensão – diabetes – níveis de colesterol aumentados no sangue – infarto;

·  APARELHO CIRCULATÓRIO: com a circulação sanguínea comprometida e a interferência negativa no sistema vascular, os obesos tem a tendência em maior grau de desenvolver tromboses (acúmulo de coágulos de sangue nas paredes dos vasos), quanto maior for o excesso de peso, o aumento de uma trombose fica multiplicado por três;

·  APARELHO DIGESTIVO: a obesidade tem sido nas duas últimas duas décadas, um fator de risco aumentado para o desenvolvimento de câncer tais como: cólon, reto e intestinos. Mulheres obesas estão na faixa dos quase 90% destes casos, mais o adendo de um risco de câncer de mama e útero ter prognósticos maiores. O homem tem suas estatísticas mais relevantes para o câncer de próstata;

·  FÍGADO: com certeza o órgão mais afetado pela obesidade. Não consegue em tempo hábil, metabolizar toda a gordura ingerida e parte dela fica acumulado em sua estrutura anatômica. Com o tempo, este acúmulo provoca esteatose hepática, cirrose, podendo encaminhar para câncer de fígado;

·  PÂNCREAS: os obesos têm a tendência de desenvolver três vezes mais o diabetes tipo II. Este processo pode ser desencadeado devido ao fato da obesidade não permitir o suprimento normal de insulina, ou seja, a entrada da glicose nas células fica prejudicada e seus níveis passam a ficar aumentados;

·  VESÍCULA: o obeso tem a produção do colesterol aumentado e este aumento, irá ser liberado na bile. Este colesterol pode ser cristalizado na vesícula biliar, produzindo cálculos. 2/3 dos indivíduos obesos irão desenvolver esta formação em algum momento do seu estado de peso aumentado;

·  PULMÃO: a livre movimentação do diafragma fica extremamente comprometida com o excesso de peso do obeso, provocando a falta de ar, crises de apneia obstrutiva do sono e redução da capacidade e volume dos pulmões. A asma também pode surgir como um coadjuvante, devido ao surgimento da substância ecotaxina que pode provocar o fechamento dos brônquios;

 

·  CÉREBRO: por último, mas com certeza o mais importante. O excesso de peso para o cérebro é um castigo com várias vertentes, além das citadas nos tópicos anteriores. Um obeso tem um índice muito maior de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral), devido à presença de níveis de hipertensão presentes, colesterol, circulação sanguíneo comprometida, intoxicação pelo fígado, insulina descompensada. São propensos categoricamente a se tornarem pacientes psiquiátricos por problemas psicológicos tais como: ansiedade, baixa autoestima, depressão, fobia social, entre outros.

OBS: Nos homens e mulheres obesos, fatores como redução da fertilidade, queda na produção de espermatozóides, impotência sexual e alterações no ciclo menstrual, já somam 85% dos casos registrados em consultórios e ambulatórios médicos.

O acompanhamento médico-nutricional periódico deve ser o carro-chefe para evitar que a obesidade – que hoje está fora do controle das fronteiras de qualquer Continente - se dissemine ainda mais. Cabe também aos órgãos de saúde constituídos, estabelecer regras claras e rígidas sobre o marketing alimentar veiculado pelos meios de comunicação (mídia), que são formadores de opinião tanto para o bem como para o mal.

 

 


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