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domingo, 17 de fevereiro de 2013



Amaranto:

Vera Assunção
Nutricionista UFRJ – CRN 4/RJ

Grão símbolo dos povos Pré-Colombianos, entre eles Astecas, Maias e Incas, O Amaranto hoje faz parte do grupo de sementes de grande importância na alimentação humana. É conhecido com o feijão dos Andes, tem forma de uma pedrinha, mas uma pedrinha saborosa que tem sabor picante e amendoado. O Amaranto não é um cereal e seu cultivo não se prende apenas as sementes, mas as folha também podem ser aproveitadas depois de cozidas, elas podem ser consumidas em saladas de folhas verdes ou em sopas.
Possui proteínas de alto valor biológico, bem como aminoácidos essenciais como a Lisina, Metionina e Cistina, aminoácidos estes que nosso organismo não é capaz de fabricar. Possui também minerais como cálcio, ferro, fósforo, potássio e zinco. Vitaminas do complexo B para citar algumas e fibras, também fazem parte do currículo do Amaranto.

Pesquisas feitas em pacientes portadores de Síndrome Metabólica, Hipertensão e Colesterol Alto, demonstraram que o uso de Amaranto (30 gramas dia) por 30 dias consecutivos, fez com que as taxas do colesterol e a hipertensão despencassem e que a o ventre avantajado (característico da Síndrome Metabólica), tivesse uma redução nas medidas. Estas quedas se devem ao fato do Amaranto ter na sua composição biológica, proteínas, fibras e óleo que atuam nestes processos, inibindo no fígado, a ação de enzima envolvida na produção do colesterol ruim.
A semente do Amaranto fortalece o Sistema Imunológico, melhora a pressão arterial, controla o diabetes e inibe a formação de células tumorais. Ela pode ser usada também por portadores de doença celíaca, pois não contém glúten, sendo por isso mais uma boa fonte alimentar.
Poucos alimentos de origem vegetal possuem atributos tão singulares como o Amaranto, e por conta deste seu perfil, junto com a Quinoa real ele foi selecionado pela NASA, para fazer parte da composição dos cardápios usados pelas tripulações que são enviadas em missões ao espaço.

COMPOSIÇÃO ALIMENTAR DO AMARANTO

Porção: Porção de 45g (1/2 xícara)

Quantidade
% V.D. (*)
Calorias (kcal)
168,00 kcal
8,40%
Carboidratos
29,00 g
9,67%
Proteínas
6,10 g
8,13%
Gorduras totais
3,10 g
5,64%
Gorduras saturadas
0,80 g
3,64%
Gorduras Insaturadas
0,00 g
**
Gorduras poliinsaturadas
1,40 g
***
Gorduras monoinsaturadas
0,90 g
***
Gorduras Trans
0,00 g
**
Colesterol
0,00 g
**
Fibra alimentar
3,00 g
12,00%
Sódio
0,00 mg
**
Cálcio
72,00 mg
7,20%
Cobre
369,00 µg
41,00%
Ferro
3,40 mg
24,29%
Fósforo
251,00 mg
35,86%
Magnésio
112,00 mg
43,08%
Manganês
1,50 mg
65,22%
Potássio
229,00 mg
***
Selênio
8,40 µg
24,71%
Vitamina B2 (Riboflavina)
0,09 mg
6,92%
Vitamina B5 (Ácido Pantotênico)
0,65 mg
13,00%
Vitamina B6 (Piridoxina)
0,27 mg
20,77%
Zinco
1,30 mg
18,57%
Ácido Aspártico
567,00 mg
***
Ácido Glutâmico
1.016,00 mg
***
Alanina
360,00 mg
***
Arginina
477,00 mg
***
Cistina
86,00 mg
***
Fenilanina
244,00 mg
***
Glicina
736,00 mg
***
Histidina
175,00 mg
***
Isoleucina
262,00 mg
***
Leucina
395,00 mg
***
Lisina
336,00 mg
***
Metionina
102,00 mg
***
Prolina
314,00 mg
***
Serina
517,00 mg
***
Tirosina
148,00 mg
***
Treonina
251,00 mg
***
Triptofano
81,00 mg
***
Valina
306,00 mg
***


Este andino de nascença pode substituir em até 30 % a farinha de trigo em preparações de bolos, biscoitos, pães e massas. Basta torrar os grãos e moê-los ou usar os flocos do Amaranto. Uma outra modalidade que já é encontrada nos mercados, ambos podem ser adicionados em vitaminas de frutas, iogurtes, granolas entre outros.

Diante de tantos predicados e adjetivos de excelência, não podemos ignorar mais a presença do Amaranto na alimentação diária. Ele pode e deve figurar nos cardápios do dia a dia, de todos os pratos mundo a fora. Pois como os povos andinos já afirmavam há muitas eras atrás, o Amaranto é uma semente “mística” que tem poderes e nestes poderes seu próprio nome significa: AMARANTO = QUE NÃO ENFRAQUECE OU LITERALMENTE = IMORTAL!
* Valores Diários com base em uma dieta de 2.000Kcal ou 8.400 KJ.
** Não contém quantidades significativas.
*** Valor diário não estabelecido.

Fontes:
Larrouse – Nutrição e Alimentação.
História da Alimentação – Borgosian e outros.
Tabela de Composição de Alimentos da USP – 2008.

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